A sessão dura mais tempo que o esperado. Embora ainda não esteja confirmado, há a possibilidade do julgamento ser prorrogado para amanhã. Uma sala foi reservada para amanhã, quinta-feira (8), às 11h de Brasília.

Após intervalo, agentes da polícia, testemunhos, Daniel Alves e o júri assistem às imagens das câmeras da boate Sutton, onde teria acontecido o crime

Quando questionados pelo Ministério Público, os peritos deixaram claro que Alves não estava completamente confuso:

“Ele conseguia distinguir o bem do mal. As suas capacidades cognitivas estavam ligeiramente afetadas. Ele sabia o que estava a acontecer”.

Continuam os peritos:

“A intoxicação alcoólica pode levar-nos a pensar que houve um prejuízo significativo na sua capacidade de desinibição e um ligeiro prejuízo a nível cognitivo"

“Há um momento no vídeo em que há uma dificuldade motora.”

“Ele é uma pessoa que não está habituada a esta ingestão [de álcool] e por isso consideramos que as suas capacidades foram afetadas”.

Dois peritos forenses que analisaram o estado psicológico de  Daniel Alves falaram:

“Realizamos testes psicométricos, análise documental e testes para determinação de simulação”.

"Não tivemos nenhuma indicação de que a pessoa estivesse exagerando ou fingindo.", acrescentou uma das psicólogas forenses

“Se há ou não lesão, não podemos dizer se é consensual ou não. Não podemos fazer essa comparação”, insistem os peritos forenses sobre a relação entre as lesões e o consentimento

Mais falas dos peritos do caso: 

“É comum ver agressões sexuais em que não aparece nenhuma lesão vaginal, mas tudo é possível”.

“Isso não me mostra a existência de pequenas erosões ao nível do bulbo”.

“Poder, poder, tudo pode acontecer. O que estamos dizendo é que geralmente é isso que vemos em geral.”

“Na relação sexual consensual também vemos lesões vaginais”.

“Mais lesões são encontradas em relações sexuais não consensuais do que em relações sexuais consensuais”.

“Neste caso não encontramos feridos, mas não podemos afirmar que não houve agressão”.

“Estamos lidando com atrito, pode ser por queda, mas também por um mecanismo indireto”, diz perito sobre feridas no joelho da denunciante

"Estabelecer que foi assim é muito complicado e complexo. Eles podem aparecer devido a diferentes circunstâncias. Devido a uma queda, pode ser, mas também ao esfregar em uma superfície áspera.", completou

"Ela nos explicou o que tinha acontecido. Em relação aos beijos, lembro que ela disse que havia beijos no pescoço. Ela disse que queria ir embora, mas não podia.", continuou